Episódio de Calor Severo e Risco Máximo de Incêndio (1 a 7 de Agosto)

Episódio de Calor Severo e Risco Máximo de Incêndio (1 a 7 de Agosto)

Temperaturas muito acima da média. Risco Máximo de incêndios florestais. Medidas de autoproteção recomendadas.

Portugal Continental encontra-se sob a influência de uma crista anticiclónica persistente, em conjugação com a advecção de uma massa de ar quente e seco proveniente do Norte de África. Esta configuração sinótica está a provocar um episódio de calor consideravelmente severo, com temperaturas máximas muito acima da média, sobretudo entre os dias 3 e 6 de agosto.


🌡️ Condições Meteorológicas Previstas

  • Domingo, 3 agosto: Máximas até 41 °C em Santarém, 40 °C em Lisboa, 37 °C no Porto, 34 °C no Algarve.

  • Segunda e terça-feira: Mantêm-se valores entre 38–44 °C no interior; costa oeste com ligeira descida.

  • Noites tropicais com mínimas acima dos 20 °C em muitas regiões.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já emitiu avisos laranja para grande parte do território nacional devido à persistência de temperaturas extremamente elevadas, que poderão prolongar-se até quarta-feira, dia 6.


🔥 Risco de Incêndios Rurais

As atuais condições meteorológicas — temperaturas elevadas, humidade relativa inferior a 20%, vento moderado a forte — favorecem a propagação rápida de incêndios. O Índice Meteorológico de Risco de Incêndio (FWI) encontra-se em níveis muito elevados a máximos, sobretudo no interior Norte, Centro e Alentejo.

⚠️ Em ambiente rural e florestal:

  • Proibido fazer queimadas, queimas, fogueiras ou utilizar fogo para qualquer fim.

  • Proibido o uso de máquinas agrícolas entre as 11h e as 19h em dias de risco Muito Elevado ou Máximo.

  • Redobre a vigilância em zonas de interface urbano-florestal.


🧯 Contexto Histórico: Pedrógão Grande como exemplo

Situações meteorológicas semelhantes à que vamos enfrentar — com temperaturas extremas, humidade relativa muito baixa e vento moderado a forte — estiveram na origem dos grandes incêndios de Pedrógão Grande em junho de 2017, que causaram 66 vítimas mortais e devastaram mais de 45 mil hectares de floresta.

Este tipo de configuração atmosférica, com forte instabilidade térmica e valores extremos do índice FWI (Fire Weather Index), é altamente propícia à ocorrência de incêndios de comportamento errático e muito difícil controlo.

É, por isso, imperativo agir preventivamente, evitar todas as ignições e garantir a prontidão dos dispositivos de vigilância e ataque inicial.


Medidas de Autoproteção

  1. Evite exposição direta ao sol entre as 11h e as 17h;

  2. Hidrate-se frequentemente, mesmo sem sede;

  3. Use roupas leves, claras e protetor solar;

  4. Esteja atento a sinais de insolação (confusão, tonturas, vómitos, exaustão);

  5. Dê especial atenção a idosos, crianças e doentes crónicos;

  6. Mantenha os espaços interiores frescos e bem ventilados;

  7. Em caso de incêndio, ligue 112 e siga as instruções das autoridades.


 

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